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Pequeno glossário de termos usados

Abóbada – Construção arqueada de pedras aparelhadas, destinada a cobrir um espaço entre duas paredes paralelas. A parte exterior da abóbada é designada por extradorso e a interior por intradorso.

Há abóbadas simples e abóbadas compostas (formadas por várias abóbadas simples).

 

Abóbada de cruzaria de ogivas – Cada secção é composta por uma armação constituída por duas nervuras cruzadas diagonalmente, duas nervuras frontais de lado a lado da parede e duas nervuras laterais.

 

Altar – Mesa (ou laje) para o sacrifício da missa. Tem a forma de mesa porque foi na última ceia que Cristo instituiu o sacrifício a que ele é destinado.

 

Arcobotante – Arco em que as linhas são horizontais e paralelas, mas situadas em planos diferentes (um lado mais acima e outro mais abaixo), e que parte de um contraforte exterior, sob o qual se apoia.

Sustenta o impulso das abóbadas num ponto mais elevado.

 

Arco contracurvado, duplo, de carena ou conopial – Arco composto por dois elementos iguais e opostos, tendo, cada um, duas curvas que se infletem em relação uma à outra. A côncava em baixo e a convexa em cima.

 

Arco de volta inteira ou de volta perfeita – O mais vulgar. Semicircular. Tem a flecha igual ao raio.

 

Arco quebrado ou ogival – Arco pontiagudo constituído por dois arcos de círculo que se cortam no fecho.

 

Arcos de abóbada – Arcos constituídos no intradorso da abóbada para fins decorativos ou de suporte.

 

Arquivolta – Conjunto dos ornamentos, esculturas, molduras, etc., que sublinham os contornos superiores e inferiores de um arco.

 

Baldaquino – Construção fixa, que se coloca por cima de uma imagem, muitas vezes usado para reis e santos.

 

Braço de transepto – cada um dos lados do transepto, a partir do cruzeiro para as extremidades.

 

Cabeceira – Parte extrema do fundo da igreja, no prolongamento da nave central (na planta cruciforme corresponde à parte superior da cruz onde repousava a cabeça de Cristo).

 

Capela-mor – Parte da igreja onde se encontra o altar-mor. Normalmente é a capela de maiores dimensões.

 

Clerestório – Conjunto de janelas ou janelões que iluminam lateralmente a nave central de uma igreja.

Cogulhos – Ornamentos terminando em cabeça de folhagem, com as extremidades recurvadas, como alguns rebentos vegetais. Muito usados no gótico.

 

Contraforte – Maciço saliente ou pilar, embebido numa parede para a reforçar ou ajudar contra a pressão interior.

 

Coro – Lugar onde se reuniam os cónegos ou os cantores durante as cerimónias religiosas. Era a parte da igreja reservada ao clero e situava-se, normalmente, junto ao altar-mor, na cabeceira da igreja.

 

Coruchéus – Remates piramidais de torres e campanários.

 

Cruz de Cristo – Cruz da Ordem Militar de Cristo.

 

Cruzaria de Ogivas – Elemento fundamental da abóbada gótica, formado pelo cruzamento em diagonal de dois arcos ou nervuras, que constituem o tramo, sobre a qual assentam as aduelas dos vários panos da abóbada.

 

Cruzeiro – Parte da igreja onde a nave central é intercetada pelo transepto ou nave transversal.

 

Esfera Armilar – Esfera que representa a esfera celeste. As armilares são os círculos equivalentes aos meridianos, aos paralelos e à eclítica.

 

Evangelista – Cada autor dos quatro livros do Evangelho. Os seus símbolos ou atributos são: S. Mateus, o anjo; S. Marcos, o leão alado; S. Lucas, o touro alado; S. João, a águia.

 

Fecho de Abóbada – Pedra colocada no ponto mais elevado da abóbada, a última a ser colocada, para a fechar. É, muitas vezes, esculpida ou pintada.

 

Flor de Lis – Flor de lírio estilizada. Emblema dos reis de França, desde S. Luís. Muito usada como elemento decorativo na arquitetura gótica.

 

Gablete – Parte decorativa derivada do frontão triangular e que emoldura ou serve de remate à parte superior das arquivoltas dos portais ou das janelas e outras aberturas das igrejas .

 

Gárgula – Goteira saliente ou cano dos telhados por onde se escoa a água da chuva, disposto sob os beirais ou na cimalha das cornijas. As mais características têm formas de animais fantásticos ou figuras caricaturais, máscaras humanas, cabeças de animais, etc..

 

Jambas – Colunas que servem de ombreiras ou ficam adossadas a estas, no interior ou no exterior do vão de uma porta ou janela.

 

Lápide – Laje de pedra com inscrição.

 

Lavabo – Fonte para lavagens, no meio ou a um lado do claustro. É composto muitas vezes por uma bacia sobre a qual cai a água de várias bicas.

Liernes – Nervuras auxiliares que partem do fecho e se dirigem para as chaves das abóbadas, formando uma espécie de cruz.

 

Mausuléu – Sepulcro monumental de grande sumptuosidade arquitetónica e escultórica.

 

Mísula – Elemento saliente de uma superfície vertical (parede, pilar, etc) de forma e situação variadas, normalmente pequeno, utilizado como suporte de arco, de varanda, de estátua, etc..

 

Mosteiro – Conjunto de edifícios, além da igreja, onde habitam monges ou frades (dormitório, refeitório, cozinha, casa do capítulo, etc.).

 

Nave – Parte longitudinal de uma igreja, compreendida entre a fachada principal e a capela-mor. As igrejas podem ser de uma ou de várias naves.

 

Nervura – Moldura que pode ser decorativa ou funcional, formando aresta saliente na parte interior das abóbadas de cruzaria de ogivas ou das cúpulas.

 

Pináculo – Coroamento ou remate agudo de um contraforte ou de um apoio vertical, mais ou menos ornado, terminado em cone ou pirâmide.

 

Portal – Porta monumental de uma igreja. Faz parte integrante da fachada.

 

Pórtico – Galeria coberta, sustentada por colunas, arcadas ou pilares, no interior ou exterior do edifício, no piso térreo. Pode ter uma função de abrigo ou decorativa.

 

Púlpito – Tribuna, de variado material, destinada à pregação no interior das igrejas. Nos refeitórios dos conventos, os púlpitos destinam-se aos leitores da mesa.

 

Retábulo – Obra feita de variado material, colocada a trás ou na parte posterior do altar, ou acima deste. Pode ser fixo ou móvel e apresentar pinturas e / ou esculturas

 

Rosácea – Grande vão circular para decoração das fachadas das igrejas e iluminação do interior, aberto, em regra, acima dos portais, na fachada principal ou nas extremidades dos braços do transepto. Para aumentar a sua monumentalidade e valor decorativo, recebiam quase sempre vitrais, molduras pelos recortes das bandeiras de pedra finamente lavrada.

 

Tetramorfo – Símbolos agrupados dos quatro Evangelistas em torno de Cristo em majestade.

 

Tímpano – Espaço triangular interno de um frontão. Pode receber decoração variada.

 

Tramo – Porção de abóbada compreendida entre dois suportes (pilares, colunas, etc.)

 

Transepto – Nave transversal ou braço curto de uma igreja de planta de cruz latina. Cada parte do transepto de um lado e outro do cruzeiro chama-se braço.

 

Vitral – Conjunto de painéis compostos por pequenas peças de vidros de cor, dispostas como num mosaico e montados numa armação de ferro. São unidos por calha de chumbo que guarnecem e fecham um vão (janela, rosácea, bandeira, etc.).

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